A França iniciou na última terça-feira (1) a redução gradativa de medidas de restrições contra a Covid-19. Porém, especialistas alertam que o país deve tomar cuidado com as liberações e se manter alerta a prevenção contra a variante Ômicron.
Deixam de ser obrigatórios na França o uso de máscaras na rua, a limitação de público em espaços culturais e a obrigatoriedade do trabalho remoto. Porém, o passaporte vacinal defendido pelo presidente francês Emmanuel Macron para “irritar os não vacinados” segue em vigor.
publicidade
A partir de 16 de fevereiro o país enfrentará uma nova fase de relaxamento das restrições com a reabertura das casas noturnas e a liberação para o consumo de bebida alcoólica nos balcões dos bares.
Leia também!
Atualmente, a média de casos diários de Covid-19 supera a marca de 322 mil, representando uma alta de quase 6.000% em comparação com o dia 2 de novembro de 2021, quando a média móvel estava em 5.288.
A França alcançou em 25 de janeiro o pico de casos diários desde o começo da pandemia de Covid-19, registrando 366,5 mil diagnósticos positivos. O país registra cerca de 260 vítimas diárias, um número bem menor que o registrado em outras fases da pandemia, isso graças a vacinação que já atingiu completamente 76% dos franceses.
Em entrevista coletiva nesta semana, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que está preocupado com a abordagem de diversos países em relação a variante Ômicron, afirmando que a cepa é mais transmissível e menos severa e que impedir sua disseminação seria impossível.
“Nada pode estar mais longe da verdade” apontou Adhanom sobre este discurso. O chefe do órgão de saúde alertou a todos que “mais transmissão significa mais mortes”, independentemente da abordagem de combate escolhida. O diretor-geral da OMS afirmou que não está pedindo por lockdowns, mas que todos os instrumentos de defesa sejam utilizados, não “apenas as vacinas”.
O presidente da França, porém, informou a imprensa nesta quarta-feira (2) que a população deve se manter cuidadosa em relação a Covid-19. “Temos que permanecer vigilantes, pois a pressão nos hospitais ainda é alta”, disse.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!