Ao que aprece, em breve, teremos uma nova vacina contra o novo coronavírus. Isso porque o laboratório GSK e a farmacêutica CureVac – de origem britânica e alemã, respectivamente -, anunciaram que vão trabalhar em um imunizante que deve ficar pronto em 2022.
As empresas afirmaram que a ideia é criar “uma vacina que responda às variantes que possam surgir durante a pandemia”. Para alcançar esse objetivo, o primeiro passo será analisar todas as variantes da doença que foram detectadas até então.
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No entanto, enquanto o esforço conjunto não fica pronto, o laboratório GSK afirma que vai apoiar a produção da vacina criada pela CureVac – e que se encontra na terceira fase de testes.
Desde julho de 2020, ambas já possuem vínculos. A data marca o período em que a GSK adquiriu 10% de capital da empresa alemã.
Apesar de ter planos para ter algo definitivo em 2022, as duas companhias ainda dependem da aprovação de autoridades sanitárias. Mesmo assim, essa pode ser essa vacina seja “crucial na luta que continua contra a Covid-19”, afirma Emma Walmsley, diretora-geral do GSK.
O acordo fechado entre as farmacêuticas prevê que a empresa alemã possa distribuir o imunizante para a Alemanha, Áustria e Suíça. A GSK ficará responsável por fornecer a vacina para todos os outros países que fecharem acordos para utilizar a criação.
Vacina de Oxford
Enquanto isso, de acordo com resultados divulgados na última terça-feira (2), a CoviShield, nome comercial da vacina de Oxford, mostrou boa eficácia contra a doença, mas, além disso, apresentou a possibilidade de que também seja reduzida a transmissibilidade dos vacinados que se contaminaram.
Segundo o comunicado da Universidade de Oxford, entre os vacinados, houve uma redução de 67% nos casos positivos de Covid-19 diagnosticados com exame PCR entre os que se vacinaram. Na prática, isso significa que mais pessoas simplesmente não contraíram o vírus, em vez de desenvolver uma infecção assintomática que permitisse a replicação nas vias aéreas e sua consequente transmissão.
O anúncio de terça-feira é o primeiro indicador de que uma vacina pode impedir a transmissão do vírus. Mesmo as que já estão em uso emergencial pelo mundo foram testadas apenas em suas capacidades de proteger quem se vacinou contra o desenvolvimento de doença.
Como não houve testes relacionados à transmissão, os fabricantes garantem a proteção contra o desenvolvimento da doença, mas não podem garantir que o vírus não se replicará nas vias respiratórias a ponto de poder ser passado adiante, o que dificultaria a obtenção da imunidade coletiva. O vírus continuaria circulando livremente, apesar de não causar mais tantos danos, até chegar às pessoas que não puderam se vacinar por quaisquer motivos.
Via: Agência Brasil