Faltando pouco menos de 40 dias para o primeiro diagnóstico de Covid-19 no Brasil completar um ano, a pandemia não dá mostras de diminuir. São Paulo, estado que detectou o primeiro caso e possui a maior parte dos doentes e mortos do País, registrou na semana passada os maiores índices desde o surgimento da pandemia.
De acordo com a Secretaria estadual da Saúde, foram diagnosticados 11.300 novos casos de Covid-19 em SP em média, por dia, na segunda semana de 2021 – um aumento de 77% se comparado com a última semana de 2020. As mortes subiram 59% e as internações 28% no mesmo período. Segundo o secretário da pasta, Jean Gorinchteyn, 69,1% dos leitos de UTI estão ocupados, com algumas regiões atingindo a marca de 100%.
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“Essa foi a pior semana epidemiológica da pandemia no estado”, afirmou o secretário, que culpou as festas de fim de ano pelo aumento. “Adultos e jovens foram os maiores disseminadores da doença. Eles, de forma irresponsável se expuseram e levaram o vírus suas casas, para os seus pais, tios e avós – fazendo com que essas pessoas acabassem internadas”, afirmou Gorinchteyn.
São Paulo já começou sua campanha de vacinação, mas a oferta de imunizante ainda é muito baixa. “Precisamos diminuir a transmissão. Tivemos aumento de 9% no número de casos e 12% no número de internações [em relação à primeira semana do ano]. Semana passada, dissemos que 10% e era preocupante. Hoje, estamos com 12%. Isso mostra algo atual, mostra o quanto o vírus circula. E tivemos 7% do número de óbitos”, completou o secretário.
O estado de SP já soma, desde março passado, 49.987 óbitos e 1.628.272 casos de Covid-19 confirmados do novo coronavírus. Atualmente, 13.815 pacientes estão internados, sendo 7.811 em enfermaria e 6.004 em unidades de terapia intensiva. “Tivemos, nos últimos 45 dias, mais casos do que cinco meses de 2020 somados – de março até agosto”, afirma Gorinchteyn.
Via: UOL