Na Escócia, bastou uma dose de vacina contra a Covid-19 para que as internações diminuíssem em mais de 85%. Essa foi a constatação dos primeiros dados divulgados sobre o impacto do programa de imunização do Reino Unido.
O estudo contabilizou cerca de 1,14 milhão de doses aplicadas — que permitiram a imunização de 21% da população escocesa — entre 8 de dezembro e 15 de fevereiro. Cerca de 650 mil cidadãos receberam o imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com a BioNTech, e 490 mil tomaram a vacina criada pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
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Enquanto a primeira fórmula foi responsável pela diminuição das hospitalizações por Covid-19 em 85%, a segunda reduziu as internações em 94%. A conclusão é de um estudo realizado por universidades escocesas em conjunto com a Public Health Scotland.
Os resultados também foram positivos entre pacientes com 80 anos ou mais: a imunização reduziu as internações em 81% nessa faixa etária. “Esses efeitos são muito animadores e dão ótimos motivos para estarmos otimistas com o futuro. Agora temos evidências nacionais — em todo o país — de que a vacinação protege contra hospitalizações por Covid-19”, diz Aziz Sheikh, diretor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo.
Foi observado um aparente aumento no número de internações 21 dias após as pessoas receberem a vacina da Pfizer. Isso pode ser explicado pelo fato de ambas as vacinas terem sido oferecidas em doses únicas até 12 semanas (três meses) — mesmo com a orientação de uma segunda dose da Pfizer em três semanas.
Chris Robertson, líder de estatísticas do grupo de proteção à saúde da Public Health Scotland, não associa a ocorrência a uma redução de imunidade. Ele diz que é preciso fazer acompanhamentos de longo prazo para que seja possível obter análises mais detalhadas.
Resultados celebrados
Os dados foram comemorados pelas entidades de saúde escocesas, já que apontam eficácia do programa de imunização contra a Covid-19. Outra boa notícia é a disponibilidade de mais leitos de hospital na Escócia: com menos internações, há mais vagas disponíveis para quem necessitar de tratamento para casos graves de infecção pelo novo coronavírus.
Apesar dos resultados positivos, Josie Murray, da Public Health Scotland, alerta para a necessidade da segunda dose das vacinas contra a Covid-19. “A primeira coisa que podemos dizer com base nesses dados é que, quando for oferecida a segunda dose, é muito importante tomá-la também. Assim, você pode proteger a si mesmo, à sua família e aos seus amigos”, reforça.
Via: The Guardian