Três variantes do coronavírus causador da Covid-19 foram identificadas nos últimos dias por pesquisadores do Instituto Butantan no estado de São Paulo. Em Itapecerica da Serra, foi detectada a variante B.1.318, descoberta na Suécia e já registrada também no Reino Unido.
No Brasil, a cepa do país nórdico já havia sido encontrada uma vez em uma análise em Santa Catarina, divulgada no início do mês passado. As outras duas evoluções foram notadas na Baixada Santista e em Jardinópolis, no interior de São Paulo.
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Essas três novas variantes do Sars-CoV-2 apareceram durante os testes realizados pelo instituto com amostras da semana passada, com o objetivo de conferir, por meio de sequenciamento genômico, quais cepas têm circulado nas cidades paulistas.
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Na Baixada Santista, foi a variante sul-africana, a mesma que já havia sido identificada em Sorocaba. A variante N9, uma mutação da amazônica P1, que já se espalhou por vários estados, foi a cepa identificada na cidade de Jardinópolis.
Variante sul-africana é a que mais preocupa
De acordo com o Butantan, por enquanto, a variante N9 e a sueca não são as de maiores preocupações. No momento, tratam-se ainda de variantes de interesse, que devem ser observadas, mas que ainda não foram associadas ao agravamento da doença. Já o histórico da variante sul-africana indica que essa, sim, requer maior atenção.
“Esses estudos mostram que tem muita variante em São Paulo. Precisamos de políticas de contenção e respeitar o distanciamento para que não fiquemos disseminando variantes”, afirma a vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do Instituto Butantan, Maria Carolina Quartim Barbosa Elias Sabbaga.
Para a diretora do Centro, Sandra Coccuzzo Sampaio Vessoni, os dados são interessantes “para podermos entender de que forma essas variantes do coronavírus podem ser diferentes para os indivíduos, e como agem em cada organismo”.
Fonte: IG Saúde