A União Europeia espera decidir nos próximos dois meses se vai aplicar a vacina da Moderna contra a Covid-19 em crianças com idades entre 6 e 11 anos. O caso ganhou polêmica após França e Alemanha decidirem não usar o imunizante em pessoas com menos de 30 anos devido a um pequeno risco de inflamação no coração.
A farmacêutica então entrou com um pedido de liberação na Agência Europeia de Medicamentos (EMA). “O cronograma atual para avaliação prevê uma opinião em aproximadamente dois meses, a menos que informações ou análises complementares sejam necessárias”, disse o órgão.
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“Este é um cronograma reduzido em comparação com tipos semelhantes de análises fora de uma pandemia”, completou ainda.
Vacina da Moderna em crianças
A Moderna divulgou em outubro seu estudo com crianças de 6 a 11 anos e informou que a vacina provocou forte resposta imunológica contra a Covid-19. Na UE, o imunizante já foi liberado para pessoas com 12 anos ou mais.
Apesar disso, o imunizante vem tendo seu uso contestado nesse público por conta de um pequeno número de casos de miocardite. Dinamarca, Finlândia e Suécia foram os primeiros países a suspenderem o uso da vacina em jovens.
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Quando anunciou a suspensão, a Finlândia disse que homens jovens desenvolviam um risco ligeiramente maior de miocardite após tomarem a vacina. Por conta disso, o imunizante passou a ser aplicado no país apenas em maiores de 30 anos.
As decisões foram baseadas em um estudo ainda não publicado feito em parceria com a Agência de Saúde Pública da Suécia que concluiu que o produto da Moderna causa “um risco aumentado de efeitos colaterais, como inflamação do músculo cardíaco ou do pericárdio”. Após isso, a Alemanha e a França também desaconselharam o uso em pessoas com menos de 30 anos.
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) adiou a decisão sobre a vacina da moderna em crianças após as proibições na Europa. Apesar disso, o órgão se diz confiante: “Neste momento, a FDA continua a descobrir que os benefícios conhecidos e potenciais da vacinação superam os riscos conhecidos e potenciais para a vacina Moderna Covid-19”, explicou à agência.
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