A empresa de exploração marítima OceanGate anunciou que deve enviar uma expedição ao local onde o icônico navio Titanic , que afundou em abril de 1912 após se chocar com um iceberg, matando em torno de 700 pessoas está atualmente. O objetivo da missão é verificar o estado de deterioração dos destroços da embarcação, que se aproxima de completar 110 anos no fundo do Atlântico Norte.
A empresa tem certa pressa para iniciar a expedição, já que o navio está desaparecendo a um ritmo cada vez mais rápido, graças a bactérias devoradoras de metal. Boa parte dos destroços que ainda existem no navio estão cheios de buracos. A peça que ficava acima do mastro, conhecida como ninho de corvo, já se deteriorou totalmente e a grade da proa pode desabar a qualquer momento.
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Além da ação das bactérias, que consomem algumas centenas de quilos de ferro por dia, o Titanic também é atingido por fortes correntes marítimas profundas. De acordo com o presidente da OceanGate, Stockton Rush, a expedição é uma corrida contra o tempo, já que, em breve, o navio deve sucumbir a um nível que o torne irreconhecível.
Para chegar até o local onde o Titanic está, a OceanGate equipou um submersível feito de fibra de carbono e titânio com câmeras de alta definição e equipamento de sonar multifeixe. De acordo com Rush, traçar a decomposição pode auxiliar os cientistas na prevenção do destino de outras embarcações que naufragaram, incluindo navios das duas guerras mundiais.
Venda de assentos
A empresa também planeja documentar a vida marinha local, o que pode auxiliar no estudo das espécies que prosperaram nos destroços do Titanic. A expedição contará com uma equipe multidisciplinar, que inclui arqueólogos e biólogos marinhos. Porém, visando financiar a missão, a OceanGate também vendeu 40 vagas para pessoas pagantes participarem da expedição.
Cada um dos pagantes desembolsou uma quantia entre US$ 100.000 (R$ 505.900) e US$ 150.000 (R$ 758.850), valor que está viabilizando a missão. Esses leigos vão se revezar operando um equipamento de sonar e realizando outras tarefas básicas no submersível, que tem capacidade para levar até cinco pessoas.
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Segundo uma das passageiras, Renata Rojas, esse valor é relativamente baixo, uma vez que, já que uma pessoa pagou US$ 28 milhões para ir ao espaço com Jeff Bezos pela Blue Origin. Para ela, que é obcecada pela história do navio desde a infância, pagar uma fração desse valor para ver o navio mais famoso do mundo de perto, chega a ser barato em comparação.
Com informações da Associated Press
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