O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou na noite desta segunda-feira (15) que Marcelo Queiroga será o novo ministro da Saúde. O médico substitui o general da ativa, Eduardo Pazuello, que já havia anunciado que deveria deixar o cargo.
A decisão já havia sido anunciada extraoficialmente pelo presidente para apoiadores durante uma conversa na porta do Palácio da Alvorada. “Foi decidido agora a tarde a indicação do médico Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde”, declarou Bolsonaro.
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O presidente também fez uma série de elogios ao médico, que, segundo ele, já é um velho conhecido. “Já o conhecia há alguns anos então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias, e tem, no meu entender, tudo para fazer um bom trabalho”, declarou.
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Marcelo Queiroga tem 55 anos, é natural de João Pessoa, médico cardiologista e atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Queiroga se formou em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1988.
O cardiologista fez sua especialização no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro e também teve passagem pela Beneficência Portuguesa de São Paulo. Suas áreas de atuação são a hemodinâmica e a cardiologia intervencionista.
Quarto ministro em um ano
Com a confirmação de Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde, o Brasil agora totaliza quatro ocupantes da pasta em pouco menos de um ano e no meio de uma das maiores crises de saúde pública da história.
Antes dele, ocuparam o cargo os também médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ambos deixaram o cargo por conta de divergência com o presidente Jair Bolsonaro em relação à maneira de conduzir o combate à pandemia.
Com 10 meses no cargo, o general Eduardo Pazuello foi quem passou mais tempo comandando a pasta durante a pandemia. O militar da ativa teve uma gestão marcada por problemas, como a falta de oxigênio em Manaus, a compra de vacinas e a prescrição de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da doença.
Ludhmila Hajjar
Com a saída de Pazuello sendo especulada desde o fim de semana, outros nomes já foram ventilados para assumir o cargo, o principal deles foi o da também cardiologista Ludhmila Hajjar, que chegou a se reunir com Bolsonaro por duas vezes.
No entanto, por conta de divergências em relação ao chamado tratamento precoce e à adoção de medidas de isolamento social para contenção da pandemia, além de ameaças contra sua integridade física, Hajjar acabou declinando do convite.
Nesta segunda-feira (15), o Brasil atingiu o número de 279.286 mortos. Só nas últimas 24 horas, foram 1057 óbitos e 36.239 novos casos confirmados.
Com informações da Agência Brasil
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