A variante Ômicron, que tem “múltiplas variações” do coronavírus, segue se espalhando pelo mundo. Neste domingo (28), a Holanda confirmou que 13 infectados com a nova cepa chegaram ao país em dois voos que partiram da África do Sul na sexta-feira (26).
Em comunicado, o Instituto Nacional de Saúde holandês informou a investigação ainda está em andamento. Todos as pessoas que testaram positivo para a variante Ômicron estão em isolamento.
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Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde da Holanda, Hugo de Jonge, disse que “não é improvável” que mais casos da cepa apareçam no país.
A Dinamarca também anunciou ter encontrado a variante Ômicron em dois viajantes que chegaram ao país neste domingo (28). Todos estão isolados e seus contatos foram rastreados.
Antes da Holanda e Dinamarca, outros países europeus confirmaram casos de infectados pela Ômicron. Na Alemanha, há dois casos na região da Baviera e um registro suspeito com “alta probabilidade” em Hesse.
A Bélgica confirmou um caso, assim como a Itália e a República Tcheca. No Reino Unido, foram dois casos confirmados.
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O que se sabe até agora sobre a variante Ômicron?
Na última quinta-feira (25) foi revelada a descoberta de uma nova variante da Covid-19, a B.1.1.529. Os primeiros casos foram detectados na Botsuana e na África do Sul. Essa cepa impressiona por ter um número de mutações maior do que as outras.
Apesar disso, ainda é cedo para afirmar se ela é mais transmissível ou letal que outras versões do vírus. Mas as alterações na proteína Spike são suficientes para deixar a comunidade científica em alerta.
Diversos países do mundo, principalmente na Europa, já anunciaram restrições e proibições de voos vindos de alguns países da África. Aqui no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que seis países africanos tenham a entrada de viajantes restritos por aqui.
Segundo pesquisadores do Imperial College London, a preocupação é que essa Cepa, por conta de seu alto número de mutações em relação a versão do vírus descoberta originalmente, seja capaz de escapar da proteção concedida pela infecção pela Covid-19 ou até mesmo de algumas vacinas, mas isso ainda precisa ser confirmado.
O maior risco da nova variante é por conta das 32 mutações que ela possui na proteína Spike da Covid-19. É justamente essa parte do vírus que a maior parte das vacinas utiliza para que o sistema imunológico seja capaz de barrar a doença. Ou seja, alterações nessas proteínas podem ser potencialmente perigosas.
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