A operadora de saúde Prevent Senior divulgou na noite desta sexta-feira (20) o início de testes de tratamentos com hidroxicloroquina em alguns pacientes confirmados com Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, na rede de hospitais da companhia.
Parte de um protocolo de pesquisa experimental, a aplicação do remédio será restrita a pacientes internados em estado crítico da doença, mediante a autorização dos familiares. De acordo com informações da Folha de São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein também deve adotar a medida.
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O anúncio do experimento aconteceu instantes após o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta confirmar em conferência que o Brasil validou o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
O antiviral, também usado como remédio para Lúpus e Malária, apresentou resultados positivos em um pequeno estudo realizado na França. Nesta pesquisa, 20 pacientes receberam a hidroxicloroquina (uma variação menos tóxica da cloroquina) ou uma combinação com o antibiótico azitromicina. O grupo indicou recuperação mais rápida do que outras 16 pessoas da amostra de controle tratadas com métodos convencionais.
Apesar disso, o uso da hidroxicloroquina carece de evidências suficientes para comprovar sua eficácia no tratamento da Covid-19. Para evitar um possível cenário de euforia da compra do medicamento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu incluir a cloroquina e a hidroxicloroquina na lista de remédios controlados, de forma a permitir que somente pacientes com prescrição médica adquiram o produto nas farmácias.
Os resultados das pesquisas da Prevent Senior e do Hospital Albert Einsten serão expostos na Plataforma Brasil. A ferramenta corresponde a um sistema do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, do Governo Federal, para sistematizar a avaliação de projetos de estudo que envolvam seres humanos, como é o caso de testes de medicamentos e vacinas.
Até a manhã deste sábado, dados de secretarias estaduais confirmavam 987 casos de coronavírus no país, com 12 vítimas fatais.
Fonte: Folha de S. Paulo