O coronavírus foi considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Para tentar reverter a situação mundial, países como a China, o epicentro da infecção, iniciaram testes de medicamentos para combater a doença ou minimizar seus efeitos.
Autoridades de saúde chinesas selecionaram 30 medicamentos que possivelmente podem fornecer uma “cura” para o coronavírus; ou, pelo menos, diminuir os efeitos da Covid-19 e até reduzir o tempo de vida do vírus no organismo. As drogas, todas ainda estão em fase de testes, não foram confirmadas como sendo a solução para a doença.
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No entanto, o órgão oficial de comunicação do Partido Comunista de Cuba divulgou que o Interferon alfa 2B (IFNrec), um medicamento produzido atualmente pelo país, foi o responsável por curar 1.500 pessoas na China. Segundo o infectologista Adilson Joaquim Westheimer Cavalcante, coordenador do Departamento Científico de Infectologia da Associação Paulista de Medicina, não há nenhuma evidência científica sobre essa informação.
Ele informa que o Interferon é um medicamento utilizado para tratamento de pacientes com hepatite C crônica – pela internet, há informações de que ele também é usado contra o HIV, mas o infectologista explica que essa informação não procede. Porém, o médico alerta que, em altas doses, o remédio pode trazer mais danos colaterais do que benefícios ao usuário. A administração em dosagens alteradas pode fazer com que o paciente apresente febre, dores no corpo, queda de leucócitos, mal-estar e irritação.
O infectologista também fala sobre outros medicamentos que fazem parte dos testes. Ele destaca o Lopinavir + Ritonavir, antiviral também utilizado no tratamento do HIV; Cloroquina, droga eficaz na profilaxia e no tratamento de malária; e o Remdesivir, medicamento injetável que, segundo ele, deve ser o escolhido como remédio contra o coronavírus.
O jornal The Guardian aponta o Remdesivir como um medicamento que “ataca a capacidade do vírus de se replicar no corpo. Em estudo com animais, o remédio trabalhou contra mais dois coronavírus mortais, Sars e Mers, principalmente quando administrado logo após o surgimento dos primeiros sintomas”.
A droga, que também está sendo estudada na Universidade da Carolina do Norte, pode servir para “potencialmente ajudar a tornar a doença das pessoas menos grave, salvar a vida dos hospitalizados e ser usada profilaticamente pelos trabalhadores dos hospitais”, declarou o virologista Timothy Sheahan.
Apesar do momento conturbado de informações e de os medicamentos estarem todos ainda em fase de testes, pesquisadores estão otimistas e dizem que os resultados são animadores.