O navio autônomo Mayflower acabou de partir em uma viagem de nada menos do que 5.630 km pelo oceano Atlântico. A embarcação saiu da cidade de Plymouth, no sudoeste do Reino Unido, até Massachusetts, nos Estados Unidos, em uma jornada que deve durar cerca de três semanas. Durante a viagem, o navio deve fazer uma série de experimentos, coletando dados sobre a vida marinha e amostras de resíduos plásticos.
O Mayflower foi projetado pela ProMare, uma empresa de pesquisa oceânica sem fins lucrativos, em parceria com a IBM, que desenvolveu o software responsável pelo controle do navio. A viagem faz parte das comemorações oficiais dos 400 anos da jornada do Mayflower original, que levou os chamados “Peregrinos” britânicos para o chamado Novo Mundo.
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De acordo com os desenvolvedores da embarcação, o navio autônomo, também chamado de MAS, foi criado para mostrar o desenvolvimento da tecnologia de navegação marítima através dos tempos, desde a época das Grandes Navegações entre os séculos XV e XVIII, até os dias atuais.
1620 x 2020
Enquanto o Mayflower original, que zarpou em 1620, era uma embarcação de madeira de três mastros de 30 m, com velas de lona e uma velocidade média de 6 km/h. A embarcação podia levar até 102 passageiros e mais 30 tripulantes. A travessia original, de Plymouth a Cape Cod, em Massachusetts, demorou cerca de dois meses.
O Mayflower de 2020 é feito com um composto de alumínio, e conta com um painel de energia solar de 15 m de comprimento e um gerador a diesel de reserva para acompanhar as baterias. Ele é capaz de atingir até 20 km/h. O navio é controlado por uma inteligência artificial a bordo, recebendo informações de seis câmeras e 50 sensores. A embarcação partiu de Plymouth para as ilhas de Scilly na última terça-feira (15) e entrou em águas internacionais nesta quarta-feira (16).
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Em entrevista à BBC, o diretor do projeto, Brett Phaneuf, disse estar “incrivelmente nervoso”. Para ele, essa sensação só vai passar dentro de três semanas, quando o Mayflower chegar ao seu destino. “Sei que todos na minha equipe estão sentindo o mesmo tipo de nó na boca do estômago. Ninguém terminou este tipo de viagem ainda, mas o tempo está perfeito para isso”, declarou Phaneuf. A viagem pode ser acompanhada pelo site do projeto MAS400.
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