Uma análise computacional da nova variante ômicron do coronavírus apontou que o grande número de mutações da cepa pode ser essencial para descobrir a origem do vírus.
Os pesquisadores do Instituto de Doenças Infecciosas e Medicina Molecular da Universidade da Cidade do Cabo, apontaram que a coexistência de mutações no chamado gene S mostra que o vírus está trabalhando para tornar a variante com um poder de propagação maior.
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“Embora individualmente as mutações possam diminuir a aptidão de qualquer genoma em que ocorram, coletivamente elas podem compensar os déficits umas das outras para produzir um genótipo de vírus mais adequado”, afirmaram os pesquisadores.
O gene S possibilita a formação da proteína spike, a famosa coroa do vírus que é responsável por sua conexão nas células humanas. O líder dos pesquisadores, Darren Martin, afirmou que as novas mudanças mostram que “pode haver cooperação entre diferentes partes do vírus”.

Os pesquisadores estudam três possibilidades para o surgimento da nova cepa: uma área com baixa vigilância genômica e pessoas com pouco acesso à saúde; o vírus infectou animais, sofreu mutação e reinfectou humanos; uma pessoa imunossuprimida abrigou o vírus por muito tempo e facilitou sua mutação.
No entanto, os responsáveis pelo estudo afirmam que ainda falta dados para poder concluir qual das hipóteses seria a correta.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a falta de acesso às vacinas e incapacidade de alguns países na aplicação poderia levar o coronavírus a sofrer mais mutações. A África, por exemplo, vacinou apenas 7% dos 1,2 bilhão de habitantes do continente.
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