O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo de Oliveira Lula, informou nesta sexta-feira (24) que os estados brasileiros não vão exigir uma prescrição médica para vacinação infantil contra a Covid-19.
Na quinta-feira (23), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a vacinação de crianças de cinco a 11 anos de idade só seria permitida com prescrição médica e assinatura de um termo de consentimento pelos pais.
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“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”, afirma a carta assinada pelo presidente do Conass.
A vacinação infantil de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada, mas não fez o gosto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que criticou a posição do órgão regulamentador e ainda afirmou que o imunizante utilizado seria “experimental”, o que é mentira.
Membros da Anvisa questionaram a decisão de Queiroga e afirmaram que isso só iria burocratizar a vacinação infantil e explicaram que quando uma vacina entra no programa de saúde pública, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) passa a exercer a função da prescrição médica, dispensando a intervenção individual de um médico para cada paciente, pois já estabelece quem pode ou não se vacinar.
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