A história de Ziggi Tyler é um exemplo de um novo comportamento da plataforma do TikTok. O jovem de 23 decidiu usar seu tempo de livre no feriado para atualizar sua biografia no aplicativo, na parte específica onde influenciadores como Tyler se conectam com marcas para fechar acordos de patrocínio.
Ele é um criador negro que usa o TikTok e outras plataformas para postar vlogs de comédia, sendo assim, queria destacar seu histórico para profissionais de marketing que possam querer lançar campanhas de justiça racial ou anúncios com talentos mais diversos.
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A questão é que quando ele incluiu palavras e frases como “Black”, “Black Lives Matter” e “Black support”, acabou acontecendo algo inusitado: o aplicativo não permitiria que ele as incluísse, sinalizando as palavras como conteúdo impróprio e tornando impossível para ele publicar a nova biografia.
O TikTok não nega que isso aconteceu com Tyler e afirma que o algoritmo de moderação de conteúdo no Creator Marketplace, lançado em meados de 2020, é um trabalho em andamento e que está ainda em desenvolvimento para corrigir o problema.
Além disso, o TikTok diz que o algoritmo sinalizou as frases porque Tyler também escreveu a palavra “público” em sua biografia e a assim, a inteligência artificial foi ensinada a sinalizar biografias que incluíam a palavra “morrer”, que está contida na palavra “público” como possível discurso de ódio.
Créditos: Shutterstock
“Nossas proteções do TikTok Creator Marketplace, que sinalizam frases normalmente associadas a incitação ao ódio, foram erroneamente configuradas para sinalizar frases sem respeitar a ordem das palavras”, argumentou um porta-voz da TikTok em um comunicado e enfatiza o pedido de desculpas.
Porém, Tyler acha a explicação de TikTok enganosa. “Eu poderia escrever ‘neo nazi’ e ‘supremacia branca’ sem problemas, e isso é legal”, comentou ele. “Mas eu entrei 30 minutos atrás e tentei adicionar ‘Black Lives Matter’ novamente, e não foi permitido”, concluiu.
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Embora TikTok tivesse uma explicação de por que Tyler não conseguiu preencher sua biografia com essas frases, a empresa não ofereceu nenhum suporte. Os vídeos de Tyler – por enquanto – não podem ser compartilhados tão facilmente quanto os vídeos da maioria dos outros influenciadores.
Ademais, o app tem lutado em alguns pontos para crescer de um aplicativo com danças para uma rede social onde a política e outras questões importantes são discutidas, mesmo que sua base de usuários tenha aumentado para mais de 700 milhões de usuários em todo o mundo, complicando um pouco esse cálculo.
No final de 2019, os principais executivos da empresa estavam alinhando ativamente se deveriam encontrar maneiras de conter o conteúdo sobre política, chegando até a considerar o desligamento de seu algoritmo principal durante as eleições, incluindo a disputa presidencial de 2020 na América.
Fonte: Forbes
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