A variante Delta da Covid-19 está desafiando as autoridades de saúde do mundo inteiro. A cepa da doença, mais contagiosa que a versão padrão, consegue escapar mesmo com as estratégias de tolerância zero mais rígidas do mundo, colocando em risco países que haviam conseguido zerar casos do vírus.
Um desses exemplos é a Austrália, que adotou medidas bastante rigorosas contra a Covid-19 e conseguiu evitar grandes surtos da doença. O país colocou quarentena obrigatória para contaminados em hotéis além de uma série restrições, para impedir a entrada de pessoas infectadas.
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No entanto, com a vacinação lenta, o país está vendo a variante Delta ser capaz de romper essas barreiras, mesmo com testagem em massa e rastreio de contaminação. Em Sidney, maior cidade do país, a quarentena, que começou no fim de junho, foi expandida após um aumento de casos.
Aumento de casos
Em Pequim, capital da China, após seis meses sem casos locais de Covid-19, a cidade voltou a registrar contaminação entre seus moradores por conta da variante Delta. Surtos locais também estão sendo vistos em alguns lugares do país.
Nos Estados Unidos, a variante Delta já obrigou o país a voltar a tornar o uso de máscara obrigatório em lugares que registraram aumento de casos. Os surtos, mesmo que pequenos quando comparados ao auge da pandemia, obrigam os países a repensarem a campanha de vacinação. Diversas nações já estão incluindo doses de reforço.
Até o momento, a Organização Mundial de Saúde informa que todas as vacinas contra a Covid-19 são eficazes em combater as mortes e hospitalizações provocadas pela variante Delta. No entanto, são necessárias duas doses e as transmissões podem continuar ocorrendo mesmo em vacinados, podendo levar o vírus para quem ainda não está imunizado.
A nova versão da doença foi identificada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020 e percorreu rapidamente pelo país. Posteriormente, a Delta foi identificada no Reino Unido, levando um número crescente de infecções e mortes. A OMS chamou essa versão do vírus de “a mais rápida e adequada”. Isso porque a Delta é 75% mais contagiosa do que a cepa original de SARS-CoV-2. Além disso, está se espalhando 50% mais rapidamente do que outras variantes, como a Alpha, que surgiu pela primeira vez no Reino Unido.
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