Detentor do “título” de primeira e maior plataforma de criptomoedas do Brasil, o Mercado Bitcoin acaba de se tornar o 8° unicórnio — apelido dado a startups que ultrapassam US$ 1 bilhão em valor de mercado — mais valioso da América Latina. O feito foi alcançado após a dona da plataforma, a 2TM, captar um aporte de US$ 200 milhões do SoftBank Latin America Fund, o maior feito até agora pela multinacional japonesa em uma empresa de cripto da região.
Com o investimento, que também tornou-se o maior aporte de uma rodada série B em uma startup brasileira, o Mercado Bitcoin foi avaliado em US$ 10,4 bilhões (aproximadamente US$ 2,1 bilhões, em conversão direta) e juntou-se ao hall dos principais unicórnios bilionários da América Latina, ao lado de Nubank, iFood, Rappi, QuintoAndar, entre outros.
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O recente financiamento acontece poucos meses após a exchange de criptomoedas anunciar a captação de uma rodada de investimentos série A — cujo valor não foi revelado, mas que está na casa da centena de milhões — e reflete o ótimo momento do Mercado Bitcoin.
Apenas entre janeiro e maio deste ano, o unicórnio brasileiro observou uma adesão de 700 mil novos clientes aos seus serviços, o que aumentou seu portfólio para 2,8 milhões de usuários. Para efeitos comparativos, o número total de clientes é quase 80% da quantidade de investidores pessoa-física da B3, a bolsa de valores brasileira.
Durante os cinco primeiros meses de 2021, o Mercado Bitcoin também viu seu volume de negócios subir para US$ 5 milhões — mais dos que o volume total visto nos sete primeiros anos da startup e 11 vezes o volume reportado durante o mesmo período do ano passado.

“Isso nos torna um caso um tanto único no ecossistema e entre nossos pares de fintech em geral — poucas empresas conseguiram conciliar crescimento superior a 100% ano a ano com resultados positivos”, afirmou, ao TechCrunch, Roberto Dagnoni, CEO e presidente-executivo do grupo 2TM.
Ainda segundo o executivo, fatores como a forte tendência de investimentos em criptoativos, a baixa taxa de juros no Brasil e as oportunidades derivadas de um sistema financeiro brasileiro concentrado foram alguns dos grandes fatores para esse crescimento robusto nos últimos anos.
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Expansão
Atualmente, o Mercado Bitcoin, fundado em 2013, tem cerca de 500 funcionários. A ideia, no entanto, é usar parte do aporte captado para a contratação de novos colaboradores, com a meta de chegar a um quadro de 700 funcionários até o fim de 2021.
Além disso, o financiamento será usado para expansão da oferta de serviços e investimentos em infraestrutura de modo a atender a crescente demanda por investimentos em criptoativos na região.
O montante servirá ainda para a concentração de aquisições de novos clientes e produtos, expansão das operações para países como México, Argentina, Colômbia e Chile, além de uma combinação estratégica entre M&A (fusões e aquisições) e investimentos greenfield.
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