A variante Ômicron da Covid-19 é a responsável pela nova onda de infecções que fez países baterem recordes de casos diários da doença. No entanto, a cepa já evoluiu e causa preocupação na comunidade científica.
O subtipo BA.2 da Ômicron parece ser mais transmissível que a original e possui maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas, segundo um estudo realizado na Dinamarca.
publicidade
Leia também!
Especialistas acreditam que essas características fazem com que a BA.2 seja considerada uma nova variante e não um subtipo da Ômicron. Além disso, acredita-se que o declínio na alta onda de casos de Covid-19 em todo o mundo demore mais para chegar, afinal, existem países que ainda não chegaram ao pico de infecções da Ômicron, mas o processo pode ser acelerado com o novo subtipo.
“A BA.2 se mostra ainda mais infectante e escapa das vacinas mais do que a Ômicron original. Seu avanço deve arrastar um pouco a onda que achávamos que iria cair tão rapidamente quanto subiu. Mas não vai haver um novo pico”, afirmou o médico geneticista e diretor do laboratório Genetika, Salmo Raskin, ao jornal O Globo.
A BA.2 compartilha 32 mutações com a BA.1 (versão original da Ômicron), no entanto, possui 28 alterações diferentes. O subtipo já foi encontrado em mais de 57 países e já se tornou a cepa dominante na Dinamarca.

O líder da Equipe de Resposta à Covid-19 da Organização Mundial de Saúde (OMS), Boris Pavlin, afirmou em entrevista coletiva que a BA.2 está substituindo rapidamente a BA.1. No entanto, a autoridade informou que a nova versão do vírus não causará um impacto substancial.
“Olhando para outros países onde o BA.2 está ultrapassando [a BA.1] agora, não estamos vendo nenhum aumento maior nas hospitalizações do que o esperado”, explicou Pavlin.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!